A nota de Pedro Aurélio, de 18 anos, foi 895.1, a maior dos três campi da universidade. Ele optou pelo curso de física, em Caruaru, mas acredita que prefere cursar engenharia aeronáutica. Pedro Aurélio obteve a maior nota geral da UFPE no SiSU
Arquivo pessoal
“Quando a notícia chegou, foi uma sensação de ganhar na loteria mesmo”.
Foi com essas palavras que o jovem Pedro Aurélio, de 18 anos, respondeu ao g1 ao ser questionado se esperava obter a maior média geral da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele confessou que esperava uma boa média, mas ser a maior do estado foi algo inesperado. “Eu, inclusive, estava meio suspeito da euforia (eu sou mais incrédulo para essas coisas) quando meus pais disseram que meu professor tinha ligado pra eles pra avisar da notícia”, disse.
Pedro Aurélio obteve a nota 895.1, sendo a maior dos três campi da UFPE no estado, considerando todos os cursos. Ele optou pelo curso de física, em Caruaru, mas acredita que vai preferir estudar outra área na graduação. “Física sempre foi minha matéria favorita e desde o 9º ano eu sonhava em estudá-la. Atualmente, eu acredito que é uma das melhores matérias estritamente acadêmicas para se fazer”, afirmou.
“Mas, conforme eu fui crescendo, eu fui percebendo mais e mais um gosto meu pela prática. No caso, eu ainda não decidi por completo, ainda tem outras notas de vestibulares a saírem. Mas, atualmente, acredito que prefiro seguir carreira como engenheiro (dentre as engenharias, a minha favorita é a aeronáutica), depois cursar física para complementar futuramente na minha carreira”, ressaltou.
Pedro Aurélio, de Caruaru, optou pelo curso de física, na UFPE
SiSU/Reprodução
A preparação de Pedro Aurélio para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi de “forma bem básica”, como ele mesmo disse, “mas consistente”. Além das aulas do colégio, o jovem também estudou em um cursinho de isoladas. “Eu estudava, mas, mais importante, eu treinava o ambiente de prova toda semana, com os simulados e listas de exercícios de forma que eu sentisse mais ou menos como ia ser o Enem”, contou.
Para o jovem, a prova do Enem não é tão difícil quanto os outros vestibulares, mas é exaustiva. Ao g1, ele ressaltou que “praticar é a chave para ter uma nota boa”. Paralelo aos estudos, Pedro também reservava alguns horários para relaxar: “contanto que eu organizasse direito os horários e não ficasse exausto ou não perdesse assunto, seguir a rotina foi ficando mais e mais fácil ao longo do ano”.
Sobre as dicas para obter uma boa nota no Enem, Pedro elencou três, que, para ele, são essenciais:
“Entender realmente os assuntos basilares, como as operações básicas, proporções, ecologia, revolução industrial, etc. Questões com alto índice de acerto valem bem mais, então é importante ter certeza que você acerta todas. Mesmo que a pessoa saiba de coisas difíceis, se ela não for consistente, ela acaba tirando notas bem próximas e até menores que alguém que acertou apenas as básicas”.
“Encontre um equilíbrio de rotina. Dada a época que geralmente é feito o Enem (3º ano), muita gente acaba se perdendo em festas e eventos, que no final do ano acabam não adicionando muito. O terceiro ano é tempo de realizar seu sonho, não de exagerar, seja no estudo ou na festa. Tente achar um horário que funciona para você, mas não te deixe desgastado, de forma que você consiga se acostumar cada dia mais àquela rotina. Aproveite tudo o que pode, mas lembre-se o que seu curso exige”.
“A prova do Enem é, basicamente, uma prova de resistência. Ela avalia não necessariamente o quão bem você lembra do assunto, mas o quão bem você consegue trabalhar com ele. Se eu não lembro de uma fórmula de matemática, mas eu posso derivá-la de Pitágoras, por exemplo, eu mato algumas questões do Enem apenas por associação. Essa última habilidade só se atinge realmente com treino e simulação do Enem, mas não se cobre demais. O importante é achar algo que funcione a longo prazo e que seja consistente o suficiente para atingir seu objetivo”.
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